As adaptações que ninguém sabe que são remakes

Você pode não saber ainda, mas um dos seus filmes favoritos pode ser um remake de um filme asiático. Durante todos estes anos, Hollywood deixou claro que pode adaptar e mudar qualquer história que seja popular em outros países e torná-la em sua propriedade. Tanto que você pode até esquecer que o seu filme favorito não é o original.

As adaptações que ninguém sabe que são remakes


Você pode não saber ainda, mas um dos seus filmes favoritos pode ser um remake de um filme asiático. Durante todos estes anos, Hollywood deixou claro que pode adaptar e mudar qualquer história que seja popular em outros países e torná-la em sua propriedade. Tanto que você pode até esquecer que o seu filme favorito não é o original.

O objetivo de Hollywood é atrair a audiência estadunidense adaptando as histórias estrangeiras que não precisam de nenhuma adaptação. E, no processo, eles podem arruinar uma obra de arte audiovisual porque focaram nos ideais que a audiência do lado de cá do mundo teria. Mas, ei, esse nem é sempre o caso.

O My Family Cinema selecionou alguns remakes e suas obras originais para ver as diferenças e semelhanças. Talvez você tenha uma opinião própria sobre o assunto ao terminar de ler este texto. Mas, enquanto isso, podemos fazer disso uma competição. Iremos dar notas para casa filme e seu remake de 1 (péssimo) a 5 (maravilhoso) levando em conta a informação que temos e fornecemos. Você pode deixar a sua nota nos comentários!

Trama: Uma jornalista deve investigar um vídeo amaldiçoado que parece estar causando a morte de todos que o assistem.

Opinião do MFC: Não podemos deixar de mencionar que ambos os filmes foram coescritos por Kōji Suzuki, autor do romance de terror Ringu no qual os filmes foram baseados. As histórias são parecidas, mas há algumas diferenças. Em Ring – O Chamado, dirigida por Hideo Nakata, o vídeo amaldiçoado é curto, assustador e em sua maioria sem som, enquanto em O Chamado, estrelado por Naomi Watts, é muito mais gráfico e tenta te assustar o tempo todo. A versão japonesa é visualmente mais sombria, calma e cheia de sombras, mas a maioria das cenas de O Chamado é em azul ou verde, o que causa um pouco de estranheza no início.

Trama: Um policial disfarçado se infiltra em uma gangue. Um criminoso  se infiltra no departamento de polícia. Ambos os disfarces estão em perigo.

Opinião do MFC: Quando pensamos nestes dois filmes, devemos mencionar o ritmo na qual são desenvolvidos.  Conflitos Internos, estrelado por Tony Leung e Andy Lau, tem um ritmo muito mais rápido, enquanto Os Infiltrados, estrelado por Leonardo DiCaprio e Matt Damon, explica exageradamente tudo. Além do mais, a versão estadunidense faz um trabalho melhor em mostrar como os personagens principais estão se sentindo e como estão lidando com a situação, e deixa claro que o lugar de origem deles dita o futuro.

Trama: Um homem entediado com a rotina de sua vida decide fazer aulas de dança de salão para encontrar a paixão que lhe faltava.

Opinião do MFC: A principal diferença entre as duas versões são os personagens. Na versão japonesa, dirigida por Masayuki Suo, não sabemos muito sobre eles, não sabemos de sua história. No entanto, em Dança comigo? estrelado por Richard Gere e Jennifer Lopez, os personagens são mais como estereótipos e até mesmo dão um alívio cômico. Outra diferença significativa é o contexto em que cada filme acontece. A versão estadunidense mostra que é através da dança que os personagens se libertam de sua rotina diária, mas na Dança comigo? ダンス o personagem principal leva suas aulas de dança mais a sério porque ele sabe que a sociedade irá julgá-lo pela escolha que fez.

Trama: Por causa de uma maldição que acontece quando alguém morre com extremo rancor ou mágoa, um espírito vingativo mata qualquer um que entrar na sua casa.

Opinião do MFC: Primeiro de tudo, devemos dizer que ambos os filmes foram dirigidos por Takashi Shimizu, um verdadeiro gênio. Mas, na versão estadunidense, ele não participou na criação do roteiro, o que, na nossa opinião, faz toda a diferença. Como na maioria dos filmes americanos, O Grito, estrelado por Sarah Michelle Gellar, é mais romântico e tem elementos de investigação que não vemos no original. Em filmes de terror, só queremos ver o terror, não há necessidade de adicionar outros elementos para tornar mais atrativo. Quanto aos efeitos especiais, é uma questão de gosto. Na versão japonesa, Shimizu tinha um bom orçamento para trabalhar, mas nada pode ganhar do CGI hollywoodiano… ou é o que pensamos, porque em O Grito algumas cenas são mais hilárias do que assustador.

Esta febre por remakes ainda tem muita estrada. Mas é realmente necessário produzi-las? No seu discurso de agradecimento, depois que Parasita ganhou Melhor Filme em Língua Estrangeira no Globo de Ouro, o diretor Bong Joon Ho disse: “Uma vez superada a barreira das legendas, vocês irão conhecer muitos filmes incríveis.” E ele tem razão. Deveríamos acolher novas culturas através dos filmes que as representam e não permitir que as legendas se tornem um empecilho na hora de assistir a artes audiovisuais que realmente podem nos inspirar.

Bom, isso foi divertido! Conta para a gente nos comentários e na nossa rede social que nota você daria para cada filme e qual é o seu favorito entre todos!

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